Olá, amigos! Como vão os planos de aula?
Carnaval e muitos jovens encontram-se na COMEERJ (Confraternização das Mocidades Espíritas do Rio de Janeiro) ou em núcleos do ENEFE refletindo sobre a fé ativa!
E pensando sobre o fato de tanta gente curtir o feriado com pessoas da mesma fé foi que me lembrei de uma aula dada há algum tempo cujo desafio era mostrar aos evangelizandos que a Casa Espírita também pode ser um local para se estabelecer amizades e construir afinidades.
Quebrei a cabeça (literalmente!) e arranjei um jeito em fazer um link entre o texto evangélico " PARENTELA ESPIRITUAL E
PARENTELA CORPORAL do Evangelho Segundo o Espiritismo - CAP XIV" com o tema.
Um dos maiores problemas do jovem é encontrar um núcleo que o aceite. É interessante fazê-los pensar que muitas vezes sofremos para sermos aceitos nos grupos escolares ou universitários e a realidade é que, por pensarmos diferente ou agirmos fora do esperado, não seremos aceitos. No entanto, a Casa Espírita oferece uma oportunidade única. Quantos jovens não estão ali, no núcleo da Mocidade, com os mesmos ideais e não conseguimos reconhecer como um grupo que possa tornar-se uma família espiritual?
Minha maior vontade (na época) era dar a eles a possibilidade de construir na Casa Espírita um grupo que pudesse oferecer apoio mútuo para enfrentar a realidade do mundo, onde os valores são, muitas vezes, invertidos.
Ali, eles poderiam discutir, sem anseios, os desafios de ser um jovem espírita e encontrar outros na mesma situação. Aurir forças para seguir e perceber o que é " estar no mundo, sem ser do mundo."
Soube que o objetivo tinha sido alcançado quando um jovem ao relatar a sua experiência de vida era rapidamente seguido pelas murmúrios "Eu também passo por isso!" E então, o canal estava aberto para a troca.
AULA - Parentela Espiritual X Parentela Corporal: A Casa Espírita pode ser um grupo?
Faixa etária: pré-adolescentes e juventude.
Objetivo primário : Falar dos laços do espírito. Enfatizar a Mocidade
Espírita/ Casa Espírita como uma família ligada por espíritos dentro do mesmo
ideal e que compartilham as mesmas experiências. Demonstrar que, se não
encontramos pessoas no mundo que nos valorizem é preciso olhar para um outro
núcleo, gastar mais tempo para conhecê-lo. Às vezes valorizamos pessoas que não
podem entender nossos anseios por não terem passado pelas mesmas experiências
de vida. É preciso compreendê-las, aceitá-las e buscar laços afetivos com
outros núcleos de pessoas que estejam coadunadas com nosso perfil.
Objetivo secundário: Demonstrar que não somos únicos no
mundo que sofrem por problemas de exclusão.
Se reclamo porque os outros não me acolhem, será que eu acolho as
pessoas que são novas e/ ou diferentes de mim? Será que eu permito que os
outros me conheçam? Como me sinto quando me deparo com um grupo de pessoas
novas? É chato? Quantas vezes acolhi alguém que percebi que estava sozinho,
isolado? Como eu sou quando faço parte de um grupo? Será que eu também já
excluí alguém?
FOCO DA AULA – ESE CAP. XIV:
PARENTELA ESPIRITAL E CORPORAL: QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO OS MEUS IRMÃOS?
Jesus
precisou aí a diferença entre a parentela espiritual e a parentela corporal.
A segunda é,
por vezes, efêmera. “Os laços de sangue não criam os liames entre os
espíritos. Os que encarnam em uma
família são, as mais das vezes, espíritos simpáticos, ligados por anteriores
relações. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos
outros estes espíritos. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de
família e sim o de simpatia e comunhão de idéias, os quais prendem os espíritos
antes, durante e depois de suas reencarnações.”
“Formam
famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso
moral e a afeição induzem a reunir-se. (...) Mas, como não lhes cumpre
trabalhar apenas para si, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem
entre eles, a fim de receberem conselhos e bons exemplos a bem de seu
progresso. Esses espíritos se tornam, por vezes, causa de perturbação no meio
daqueles outros, o que constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar.
Acolhei-os,
portanto, como irmãos; auxiliai-os, e depois, no mundo dos Espíritos, a família
se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar
outros.” – Santo Agostinho.
COMO CONDUZIR A AULA? Questionamentos. O objetivo é abrir espaço para que o jovem fale. Você pode começar com a dinâmica ou distribuindo os evangelhos e pedindo para que os jovens leiam a parte em questão.
DINÂMICA - SE EU FOSSE UMA ARANHA EU
ESTARIA...
1. Distribuir
para o jovem uma folha com três esquemas de planta de uma casa que representem:
SEU LAR, SEU COLÉGIO/TRABALHO E A CASA ESPÍRITA.
A única planta que deve estar
completa é a da casa Espírita. Eles completarão as demais com o estilo de casa/
colégio que possuírem ou freqüentarem.
2. O Evangelizador deve pedir que se imaginem como uma pequena
aranha. Onde eles criariam a sua teia em Casa? Na Casa Espírita? No colégio?
3. Observar os
resultados e a partir daí discutir como eles se sentem em cada um destes
ambientes e porque escolheram estes locais para montarem suas teias.
4. Fazer um
parâmetro com a aula. Ora, eu estou no
colégio por uma necessidade, mas ali eu posso não ter simpatia real. Estou ali
por uma necessidade de aprendizado. Da mesma forma funciona com a parentela
corporal, espíritos que não necessariamente são simpáticos e que se encontram
unidos para resgatar dívidas. Eles estão presos por dívidas e erros que pode
redundar em simpatia ou não. Resgatada a dívida, cada um tomará o seu rumo e
aquele laço se extingue.
E a Casa
Espírita? Porque eu freqüento a Casa Espírita? Consolo, conhecimento? Mas, a
Casa Espírita representa a união de pessoas que compartilham de uma forma ou de
outra do mesmo ideal. Somos simpáticos por sermos espíritas, compartilharmos da
mesma crença. Eu considero a Casa Espírita/ Mocidade Espírita um núcleo
importante na minha vida? Se não, será que estou realmente aproveitando a
oportunidade de conhecer as pessoas que compartilham daquele local? Se sou
obrigado a estar na Casa/ Mocidade Espírita, será que não posso tirar o melhor
daquele ambiente?
Naturalmente, você conhecerá um pouco mais sobre o seu evangelizando após essa aula e eles também passarão a conhecer melhor os amigos de Mocidade.
Anexos:
Evangelizador - Lembre-se de desenhar a planta baixa da Casa Espírita a partir do retângulo de base do anexo. Depois disso, é só você fotocopiar. A planta baixa deve ser simples, apenas com os nomes das salas e indicações de entrada e saída. Nada complexo.
Caso você tenha dúvidas do que é uma planta baixa, veja aqui: PLANTA BAIXA
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Basta copiar e colar em sua máquina e depois, imprimir. |
Ps. Queridos amigos! Percebo que há alguns blogs copiando as atividades do Arte de Ir Mais Além (inclusive o meu texto de postagem!). Fico muito feliz, pois a ideia é de que possamos compartilhar as informações!COMPARTILHAR não é COPIAR, por isso, por favor, não esqueçam de dar os devidos créditos. É uma forma de reconhecer o trabalho de quem idealiza e gasta tempo para tornar a atividade mais fácil de ser aplicada e economizar o tempo dos demais evangelizadores! Por isso, assino as atividades com o selo do blog. Onde há o selo, significa dizer que a autoria é do Arte de Ir Mais Além e não desconhecida, sim? =) Obrigada! Procuro fazer o mesmo com toda a atividade que chega até mim e originalmente não se trata de uma ideia minha.