Hoje estou trazendo duas atividades realizadas para os jovens do III Ciclo (os meninos e meninas tinham de oito à dez anos de idade.) e eu as chamo de "Atividades de Imersão".
Consiste em trabalhar com um tema específico e recriá-lo usando a imaginação.
Vou lhes contar que comecei a observar como se dá aulas nesta turma. Eu funcionava como uma espécie de assistente, mas eu confesso: eu esquecia completamente a minha função e acabava era participando das aulas com as crianças. Impossível não fazê-lo.
A atividade do Deserto
Evangelizadoras fantasiadas e evangelizandos |
A primeira parte da aula foi assistir um desenho sobre Cristo, um mini cinema. A sala foi "redecorada" de forma simples - as cadeiras e mesas deram lugar às almofadas e cobertores.
Após a sessão mini-cinema ( Escolhemos um dos filmes da excelente animação " Desenhos Bíblicos - Histórias inesquecíveis") as Evangelizadoras recriaram um "banquete" tal como era feito naquela época para proporcionar a discussão do que os evangelizandos assistiram. As crianças foram convidadas a se sentar em círculo e logo após desfrutaram do vinho (suco de uva, claro.) em jarros rústicos e dividiram o pão sírio e as frutas.
E, neste clima descontraído, seguiu-se uma conversa sobre Cristo e gafanhotos. (As crianças adoraram saber que, naquela época, pequenos insetos eram devorados. Mas, felizmente, essa iguaria não estava entre os quitutes da noite.)
O Banquete: pão sírio e frutas. |
As crianças esperaram com grande ansiedade por esta noite. A minha mãe caprichou na divulgação da coisa. Então, as crianças não queriam perder as aulas porque "em alguma noite" aconteceria a " noite do deserto". Foi muito engraçado: os pais vinham questionar sobre a atividade porque seus filhos não queriam faltar. Alguns eram arrastados pelos filhos - que não aceitavam o motivo "cansaço" - para não os levarem à Casa Espírita.
A Atividade do Hawaí
Nesta noite as evangelizadoras distribuíram cordões de hula-hula e, gente, até onde vai o amor pela evangelização? Elas viraram a enorme mesa de centro com os pés para cima e transformaram-na em um imenso barco de pesca.
Logo após, foi entregue para as crianças varas de pescar (confeccionadas de jornal) para que eles pescassem os peixes ao redor da mesa. Os peixes continham ações e perguntas sobre a animação que eles haviam assistido no início da aula.
(Embora eu me veja na obrigação de avisar que essas varas de pescar logo se transformaram em espadas - o que levou as evangelizadoras a recolher o "artefato".)
E, depois da pesca, as crianças se deliciaram com uma salada de frutas.
Brincar de imaginação para as crianças da era digital é uma novidade rara.
E, devo dizer, mesmo que apenas imaginada, a situação é VIVENCIADA pelos evangelizandos e proporciona uma absorção muito maior do que foi repassado.
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