Final de semana é dia de postagem aqui no Mais Além.
Seja bem vindo ou bem vinda por aqui! Estou tentando organizar melhor o blog para que vocês, queridos visitantes, possam conferir todas as postagens com mais facilidade.
Hoje venho falar de uma figura para lá de importante dentro da concepção pedagógica Espírita: Johann Heinrich Pestalozzi.
Nós nos apaixonamos pela história deste educador suíço contada no livro de Dora Incontri: Pestalozzi - Educação e Ética.
É importante deixar claro que não se trata de uma obra biográfica comum, mas um estudo, senão uma dissertação sobre Pestalozzi e o meio em que ele vivia - sob os auspícios do Iluminismo e Revolução Francesa.
Talvez o primeiro capítulo possa fazer alguns leitores desistirem. Mas para compreender a história de Pestalozzi e suas inclinações é preciso entender suas relações com o período histórico. (Principalmente sua crença no Despotismo Esclarecido que delineia a primeira parte de suas reflexões.)
Então, vamos desbravando um período e compreendendo o Espírito nobre do Educador que dedicava-se ao ensino por Amor e acreditava que somente através dele a criatura poderia fazer brilhar a sua luz.
Entre crianças embrutecidas pela violência, Pestalozzi praticava a sua concepção da Educação Moral, onde através do hábito, do diálogo e da experiência concreta poderia fazê-las superar os vícios e viver em comunidade.
A visão de Pestalozzi ia além da escola, abrangia a família e chegava até a nação. Aliás, Pestalozzi cria fervorosamente na figura da mãe e nas relações familiares para estabelecer contato com as crianças e sensibilizá-las para o que é belo e bom.
Talvez o primeiro capítulo possa fazer alguns leitores desistirem. Mas para compreender a história de Pestalozzi e suas inclinações é preciso entender suas relações com o período histórico. (Principalmente sua crença no Despotismo Esclarecido que delineia a primeira parte de suas reflexões.)
Então, vamos desbravando um período e compreendendo o Espírito nobre do Educador que dedicava-se ao ensino por Amor e acreditava que somente através dele a criatura poderia fazer brilhar a sua luz.
Entre crianças embrutecidas pela violência, Pestalozzi praticava a sua concepção da Educação Moral, onde através do hábito, do diálogo e da experiência concreta poderia fazê-las superar os vícios e viver em comunidade.
A visão de Pestalozzi ia além da escola, abrangia a família e chegava até a nação. Aliás, Pestalozzi cria fervorosamente na figura da mãe e nas relações familiares para estabelecer contato com as crianças e sensibilizá-las para o que é belo e bom.
" Comete-se frequentemente o grande engano de se dizer que um homem esteja completamente endurecido e irrecuperável - quando ele tem uma parte intocada, pela qual poderias conduzi-lo como uma criança." p. 73 (Esta é a cópia de minha própria resenha, onde você pode conferir na íntegra no Skoob.)
É difícil dizer o que senti durante a leitura. Talvez uma pontada aguda de inveja de Allan Kardec (que foi seu emérito aluno) e dos meninos e meninas de Stans ( local onde Pestalozzi iniciou suas experiências educadoras.) Ao desbravar a história deste homem é quase impossível não pensar em como é imensa a tarefa de evangelizar com amor e com qual responsabilidade devemos realizar este mister.
Como educador, ele baseia suas crenças pedagógicas na vivência. Portanto, ele fala pouco, mas descobre como tocar o espírito do ser para a percepção moral. Para Pestalozzi o " homem bem formado só fala daquilo que sabe, e só sabe aquilo que experimentou, observou, viu ou vivenciou." Ao contrário de quem usa bem a linguagem, mas sem percepção do que realmente está falando. " O homem que se formou na percepção, fala do que está cheio o seu coração." E os exemplos arrastam. Vivências permanecem e transformam.
Há o trecho de uma carta para as mães (é um dos trechos favoritos de minha própria mãe. risos) em que Pestalozzi as convoca para serem intermediárias do ensino e assim exemplifica o seu método:
" Mãe, segue o fio que a natureza te indica; não entregues ao puro acaso, se e quando uma árvore se apresentar aos olhos de teu filho, o que ele por si próprio observará nela; mostra-lhe a árvore, mostra-lhe as partes que nela identificas; mostra-lhe o seu tronco; seus ramos, seus galhos, suas flores e frutos (...)"
E assim ele continua, correlacionando o aprendizado ao que a criança vê e sente. Não apenas em um conjunto de ideias abstratas.
Embora eu recomende a leitura, é importante frisar ainda mais uma vez: é um livro técnico. Portanto, permitam-me sugerir a leitura dos livros de Walter Oliveira Alves.
" Prática Pedagógica na Evangelização - Conteúdo e Metodologia (Vol I) ( se desejar, confira a resenha no skoob) é um manual simples, objetivo e completo do que Pestalozzi propunha. Com o adendo de que traz sugestões de aulas e atividades dentro do método de sentir/ vivenciar aplicado na própria Doutrina Espírita. É um verdadeiro manancial de ideias para serem desenvolvidas. Tudo dentro do que propõe o codificador. (Ele próprio um educador. Kardec - como facilitador do conhecimento espírita - projetou uma forma de estudo criteriosa a partir de O Livro dos Espíritos que traz em seu bojo um apanhado completo da Doutrina.)
Maquete Casa Espírita. |
O tema " Minha Casa Espírita" foi desenvolvido por cada turma, respeitando as limitações próprias de cada idade. Os Pequeninos pintavam casinhas, o terceiro ciclo montou carros e a Juventude construiu a Casa Espírita com uma caixa de sapato. Ao final, juntamos todos os elementos para a Maquete que seria exposta no salão para pais e frequentadores.
Logo, assim que puderem: leiam os livros. Especializem-se. Com certeza, fará toda a diferença.
Evangelizar é tarefa séria. E só podemos "falar daquilo que está cheio o coração".
Não no sentido do "saber técnico, especializado", mas do que sentimos. Evangelizar está além do técnico. Está em amar o que se faz para contagiar o outro.
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